Humanos... humanos são obcecados com o sobrenatural. Na verdade, humanos são obcecados com tudo aquilo que está acima da mera vida chata e mortal deles.
Vocês - e por vocês eu estou incluindo você que está lendo isso agora, leitor - não perdem a oportunidade de criticar a humanidade, sempre frisando seus erros e nunca tendo tempo para contemplar uma coisa boa sequer - umazinha que seja! Mas não estou te julgando, meu amado leitor... jamais, até porque não é muito inteligente julgar aquele que lerá tudo o que aqui foi escrito. O que eu quero dizer é: nessa história que lhes narro há Haruno Sakura, que sempre lia sobre as maravilhas da imortalidade.
Haruno Sakura, meus caros, sempre achou fascinante a forma que seres sobrenaturais eram poderosos e grandiosos em seus livros de romance um tanto quanto - me perdoem a palavra - idiotas. Livros que retratavam apenas as maravilhas e nunca os antônimos da palavra maravilha - lhe ajudarei escrevendo alguns: detestável, odioso, desprezível, abominável, miserável, vil, execrável. E então, leitor, quando ela finalmente sente o gosto da vida imortal que sempre admirou... ela não gosta! Só porque não saiu do jeito que ela imaginou. Uma ingrata, eu diria!
Mas também, pudera: sem escolhas. Sem uma vida. Violada. Jogada à deriva. Essa era Haruno Sakura agora. Sua única perspectiva de futuro era vingança. Sua única companhia, mesmo com Hatake Kakashi ao seu lado, era ela mesma. Porque se tem uma coisa que ela descobriria, é que ninguém mais estaria lá por ela... e mesmo assim, perceberia que ela não era o suficiente, porque sua própria sanidade a estava abandonando.
Infelizmente, ela descobriria da pior forma possível que nem tudo na vida - ou na pós-vida - tem final feliz.
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