Depressão
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Minha mente anela a morte,
Meu corpo treme por não ter suporte,
Não lancem sobre mim as vossas vozes,
Pois são como uma doze para desaparecer,
Me deixem só!
Minha alma rói,
Saber que existo me destrói
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Sou minha própria bomba,
Nesta guerra de sentimentos,
Estar só para mim é uma forma
De viver no esquecimento.
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Minha alma vive a morte a anos,
Tentar me tirar deste posso, só me causará danos,
Porque aqui é o meu lugar de lutas,
Neste vazio encoberto com meus soluços,
Em que as lágrimas são rios, que nelas nado sem receio,
Isso pra mim é uma escola sem recreio,
Não escolhi,
E nem por isso receio
Em corresponder com a vontade da alma.
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E parecer ser um actor neste drama,
E a sensação que sinto é mais forte,
Quero saciar essa fome de viver a morte,
E me envolver com meu corpo,
Serei vitorioso,
Em quanto aqui serei tratado, como depressivo e louco.
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#mateuspinto
#pintopoeta
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".