A Caçadora de Gévaudan

Meu pai, Armand Dubois, era muito mais do que apenas um veterinário renomado. Ele era o melhor arqueiro que eu já conheci. Desde pequena, ele me levava ao ponto mais alto da nossa cidade tranquila na França, um lugar que ele chamava de 'topo do mundo'. Lá, em meio ao silêncio da floresta, ele me ensinou tudo o que sabia: arco e flecha, rastreamento, sobrevivência. Nesses momentos, eu sentia que a floresta corria em minhas veias - afinal, Dubois significa 'pertence à floresta'.

O jeito como ele caçava era quase instintivo, como se ele conhecesse cada trilha e cada movimento dos animais. Eu o admirava profundamente por isso. Mas a morte dele... a morte dele simplesmente não faz sentido. Quando tento lembrar, é como se parte da minha memória estivesse bloqueada, apagada por algo que não consigo entender. Às vezes, pequenos flashes me vêm à mente, pequenos déjà vu daquele dia fatídico, mas nada concreto. Eu sei que há algo mais escondido nessa história, algo que minha mente tenta proteger desesperadamente.

Minha mãe, Ayla, sempre me dizia que meu nome, Diana, era uma homenagem à deusa romana, à caçadora. Eu nunca entendi o peso desse nome até começar a descobrir a verdadeira herança da minha família. As histórias que eles me contavam sobre Chapeuzinho Vermelho não eram apenas fábulas. Nós, os Dubois, somos caçadores de lobisomens. Agora, é minha vez de continuar esse legado.

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Autora: Bia Albuquerque
Instagram: @bia.albuq_

OBS: Todas as imagens desta história foram criadas por meio de inteligência artificial, representando como imagino cada personagem, cena e o mundo ao redor. Tudo faz parte do universo que eu criei.

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