Um livro de poesia voltado a cartasse pessoal, a purgação de todos erros mais bobos e delitos mais cruéis pela escrita. Deveria ser um diário maldito escondido na gaveta do móvel antigo de madeira de lei, mas resolveu (porque meu livro tem atitude) ser mais: é tão feio chorar os fracassos em vários campos, detestar as manipulações mais desumanas pela mídia farisaica, é tão comum aceitar tudo calado. É tão normal ser robô, ser idiotizado que resolver escrever em relação a isso seria um choque para os harmonizados com tudo que rola por ai. Mas poder colocar isso na escrita, principalmente em forma de versos, seria uma auto cura, talvez a mais psiquiátrica, a que realmente traz redenção para o ser agoniado com os parâmetros vetustos e nauseabundos. É isso que esse despretensioso livrinho é - um amontoado de poesia funesta.