Por cada moldura de pele exposta à transparência de um poema há uma imagem invisível, que no absurdo é escrita imagem. De poucas palavras, não tem rosto, nem tempo, reconhecemos como se nos reconhecesse-mos. Há uma sensação interior tão forte quanto absurda, tal como o exterior que é conhecido e não se consegue dizer, sabe-se que está e não está, nem se pode descrever, nem tocar, nem mostrar de forma evidente. E por explicar somos nós e nós no retorno. Mais do que olhar dentro, sentimo-nos dentro. Mas é não de dentro que sou, que me vejo e onde estou, sou eu e sou outra, outro, outras, vezes sem conta, mas com outros e outras, tantos somos. E tanto posso ser eu como tu, toda uma vida procuramos este encontro.
Dois casamentos na família Sobral acontecem, unindo Lígia e Raimundo após anos divorciados.
Eles só não esperavam, que o pior (ou o melhor) poderia acontecer.