Por cada moldura de pele exposta à transparência de um poema há uma imagem invisível, que no absurdo é escrita imagem. De poucas palavras, não tem rosto, nem tempo, reconhecemos como se nos reconhecesse-mos. Há uma sensação interior tão forte quanto absurda, tal como o exterior que é conhecido e não se consegue dizer, sabe-se que está e não está, nem se pode descrever, nem tocar, nem mostrar de forma evidente. E por explicar somos nós e nós no retorno. Mais do que olhar dentro, sentimo-nos dentro. Mas é não de dentro que sou, que me vejo e onde estou, sou eu e sou outra, outro, outras, vezes sem conta, mas com outros e outras, tantos somos. E tanto posso ser eu como tu, toda uma vida procuramos este encontro.
No Leblon, vive Sarah Bellini. Loira, gata, classe A.. Parece ingênua. Mas, muito pelo contrário, Sarah B não é nem de longe uma garota afetuosa, ela sabe manipular para fazer tudo girar ao seu redor. Não é atoa que suas amigas a apelidaram como "Mégera". Péssima em demonstrar sentimentos, e pior ainda em senti-los.
Mas será que o coração de Sarah é tão blindado assim ou é autoproteção? Só uma pessoa está disposta a mergulhar nisso para descobrir, Luan Martins.
O braço direito do Dono do morro, sarcástico, afrontoso.. LM não é um exemplo quando o assunto é amor, e evita a todo custo que alguém se aproxime demais. Mas algo em Sarah o encantou, foi só ele bater os olhos nela para chegar a conclusão: "𝑬𝒍𝒂 𝒗𝒂𝒊 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂".
E agora ele a quer mais do que tudo.
Mas a diferença de classe pode ser um problema? Ou pior, pode ser sua ruína?