Entre o aqui e o acolá, eu sigo minha vida boêmia, sem destino a deus-dará. Do passado carrego o vestígio, no presente eu vivo o prestígio. Se não compreendes o que digo, te convido a me acompanhar. Eu odeio mudanças, não consigo me adaptar. Gosto do que é certo aos meus olhos, cada qual em seu lugar. Em um mundo de incertezas, eu começo a me preocupar. Não sei o que o amor, tampouco o que é amar. É o mesmo sentimento ou é só pra destacar? Mas se dói aqui no peito, como eu faço pra parar? É um sentimento estranho que parece me matar. Eu corro perigo, alguém pode me salvar?
-Ricardo Lira, Caderno de Poesias.