Gwyn precisou de um mísero segundo observando toda aquela marra poderosa do homem de ombros largos e olhar cortante pra perder todo o fôlego de seus pulmões. Quis morrer com tamanha fascinação com a forma que ele segurava o violão em suas mãos cobertas por luvas negras que não tapava seus dedos. Se sentiu ridícula, a boca secou quando o homem alto em cima do palco improvisado abriu a dele pra deslizar como água em um rio aquela voz rouca e melodiosa. Ela nunca tinha estado tão encantada, tinha gostado dele. E gemeu chorosa. E era esse o problema, ela tinha gostado dele. E nenhum dos caras em que tinha chamado a sua atenção em algum momento era menos que um babaca escroto vindo diretamente do colo do capeta. Ela tinha o maior dedo podre pra homem em que se tinha notícia. E alí, secando o homem mais lindo que já tinha visto, tinha a certeza que ele era um crápula.