Aquela escola sempre foi um saco, me sentia literalmente um peixe fora d’água, uma mascote sem plateia. Ninguém me enxergava, por mais que eu tentasse. Nenhuma alma viva padecia para notar a gorda balofa. Hoje, já no alto dos meus trinta e sete anos, divorciada, mãe de dois filhos, porém formada e empregada, resolvi fazer uma reflexão acerca dos meus péssimos anos na Escola Estadual Gertrudres Lima no bloco de conjugados, bem no final leste do mapa de São Paulo, um pontinho no infinito da imensidão, também conhecido como o olho do furação, ou simplesmente celeiro das beatas. No encontro mais importante da minha vida, pretendo trazer a tona meu escorraçado e empoeirado diário de memórias guardado a sete chaves, moradia dos mais terríveis segredos. Só de pensar, meu coração palpita. Quero estar bela, mostrar o quanto mudei, esfregar verdades na cara de quem um dia me humilhou. Mostrar que a gorda balofa e espinhenta também tem seus truques, e que truques. Seja bem-vinda enfim, reunião dos 20 anos, dos ex-alunos da turma de 1994 da Gertrudres Lima. Eu vou lhe usar.
Para alguns, o maior sonho é encontrar o amor da sua vida, mas para Jimin, isso era uma grande besteira.
Filho de uma família influente do Rio de Janeiro e dono de um talento sem igual, seu maior sonho é poder se tornar um grande bailarino.
Ele é o completo oposto de Jungkook, um jovem que mora no subúrbio do Rio, dono de um passado conturbado e uma vida cheia de dificuldades.
Mas que batalha duro para poder ser alguém, dando aulas de capoeira para crianças na parte mais rica da cidade.
Quando seus caminhos se cruzam em uma tarde tranquila na praia, uma chama intensa nasce.