O Alexandre é um jovem gay perdido numa vida boémia. Durante o amargurado percurso pela emancipação, encontra amizades valiosas e aprende sobre a história do movimento LGBTI+.
Esta epopeia é dividida em 10 cantos e composta inteiramente de oitavas italianas, lembrando-nos a epopeia camoniana, mas, como os valores contemporâneos são novos, também a estrutura externa teria de nos dar algo de diferente. Tal novidade está na métrica (nem sempre decassilábica) e na rima, que é inversa, isto é, rima emparelhada nos dois primeiros versos e cruzada nos seis últimos. Estas duas variáveis da estrutura externa podem metaforicamente ser consideradas a imagem no espelho, ou seja, significam que os valores que vão ser "cantados" são novos, porque os tempos são outros e a humanidade também não é a mesma.
Neste poema recheado de elementos simbólicos e referências históricas, o poeta posiciona-se relativamente ao mundo moderno e reflete sobre os novos significados da emancipação, da dignidade, da consolação, da coragem, do belo, do amor, da esperança, do heroísmo e do lugar da humanidade no universo.