Alena passou a não se ver sozinha no lugar entre o dormir e o acordar, onde ela ainda podia se lembrar de sonhar. Praiah estava lá, dizendo, com as mesmas palavras de Peter Pan, que a estava esperando. Conheceram-se durante o pôr do sol de um inverno nada rigoroso. Conversaram e trocaram olhares enquanto a lua estava a caminho do seu palco estrelado. Assim repetiram por pares de dias, ele com as feições mais clichês possíveis de um querubim, e ela com a cabeça nas nuvens, sonhando acordada com um romance avassalador digno de uma trilogia literária com adaptação para as telas. Alguns diriam que o destino estava ali por uma causa maior, porém Praiah sabia que o futuro era apenas consequência de suas escolhas. Estar ali era, antes mesmo da vontade, seu dever. Já Alena, se jogou nas águas dos próprios sentimentos, pronta para afogar-se em Praiah - e a decepção não demorou muito para dar as caras. Capa por Andresa Rios. História participante do projeto Quatro Estações.All Rights Reserved
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