Juro que quando Stanley apareceu na minha frente pela primeira vez eu ri. Foi invevitável, parecia que tinha acabado de sair de uma revista hippie pós moderna, cheirava a maconha e se apresentou com o seu nome: Stanley Alexandre Monroe. Sim, também pensei que sua mãe o odiava por isso, mas não, sua mãe só viu o nome Stanley Monroe em um filme e achou coerente.
Enfim, nada diria que eu ficaria com Stanley naquela noite. Ele era estranho, mas tinha lábia e um baseado, e eu nunca tinha fumado antes. Na verdade, nunca tinha feito várias coisas antes daquele nome horroroso aparecer na minha vida.
Hoje eu pulo minha janela para ir vê lo, sempre ficamos entorpecidos, e, geralmente, transamos. Seria errado falar que temos uma energia carnal? Porque talvez eu nem se quer tenha idade para isso.
- Quantos anos você tem? - perguntou enquanto íamos pegar bebidas na adega.
- Quantos você acha que tenho?
- Uns vinte. - falou confiante.
- Meu Deus! Eu fiz dezessete há tipo um mês atrás. - falei rindo de desespero.
- Nunca imaginaria. Você não fala como alguém de dezessete, e também não tem corpo, nem cara.
- Era para ser um elogio...?
Rimos muito disso e do fato dele ter vinte e seis anos, eu jurava que ele tinha uns 21, ele tem uma aparência muito jovial.
O fato de que ele poderia ir para cadeia só por ter dado em cima de mim não o assustou nem um pouco, foi insistente até o último segundo. Ele nunca me prometeu nada, nunca disse que seu era beijo bom ou que nunca havia beijado alguém com tanto gosto antes, talvez por isso o deixei pegar na minha bunda, porque, como eu disse, ele tem muita lábia, mas não mente.
Agora pulo a janela do meu quarto para ficar bêbada e/ou chapada e transar, não me orgulho disso, não acho certo, e, certamente, torço para que polícia o pegue quando estou brava com ele.