Marie-Cleménce Chevalier, mimada moça de família na França do fim do século XVIII, sempre teve suas escolhas pessoais determinadas pelos outros. O que vestir. Aonde ir. Com quem andar. Com quem casar. Na infância ela ainda se revoltava. Também um pouco no início da adolescência. No entanto, quanto mais tornava-se mulher e mais aproximava-se a data de seu casamento arranjado com um tal de Antoine, mais ela se conformava. Em um dia comum, ciganos chegaram à cidade, trazendo música, festa, comidas deliciosas e, como não poderia ser evitado, incômodo e intriga. Uma voz dentro de Marie - talvez sua criança interior - quis ver aquilo de perto, mesmo sendo reprovado por seus pais e pela maioria dos membros da comunidade de classe alta. Nesse impulso de liberdade, todo o curso de sua vida iria mudar. Mas ela não pode dizer que foi pega de surpresa. Estava nas cartas.
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