A obra de ficção científica “Condão” diferencia-se pela abordagem político-técnica de um futuro onde o controle da informação tornou-se o meio de direcionamento da sociedade. Apesar de, aparentemente, usar o mesmo tema de “Admirável Mundo Novo” (Huxley) e “1984” (Orwell), ou até de “Não Verás País Nenhum” (Brandão), as semelhanças morrem na macro abordagem da ideia. Condão é um thriller quase ininterrupto de aventuras em sequência, protagonizadas por personagens característicos e interessantes, sem descuido com a continuidade. Além disso, procurou-se esmiuçar, através de pesquisas e do conhecimento do autor, todo o arcabouço científico necessário para dar credibilidade à obra, evitando-se devaneios inverossímeis. Verifica-se esta tendência em várias obras recentes, como “Jogador Número 1” (Cline), “Inferno”, “Código Da Vinci” (Brown), dentre outras, já não bastando entreter o leitor, sendo necessário também dar-lhe subsídios para crer na possibilidade futura ou presente dos fatos narrados.
8 parts