A obra de ficção científica “Condão” diferencia-se pela abordagem político-técnica de um futuro onde o controle da informação tornou-se o meio de direcionamento da sociedade. Apesar de, aparentemente, usar o mesmo tema de “Admirável Mundo Novo” (Huxley) e “1984” (Orwell), ou até de “Não Verás País Nenhum” (Brandão), as semelhanças morrem na macro abordagem da ideia. Condão é um thriller quase ininterrupto de aventuras em sequência, protagonizadas por personagens característicos e interessantes, sem descuido com a continuidade. Além disso, procurou-se esmiuçar, através de pesquisas e do conhecimento do autor, todo o arcabouço científico necessário para dar credibilidade à obra, evitando-se devaneios inverossímeis. Verifica-se esta tendência em várias obras recentes, como “Jogador Número 1” (Cline), “Inferno”, “Código Da Vinci” (Brown), dentre outras, já não bastando entreter o leitor, sendo necessário também dar-lhe subsídios para crer na possibilidade futura ou presente dos fatos narrados.
Sinopse
Edwardo é um jovem programador virtual do Instituto Tecnológico do Rio de Janeiro e tem uma vida totalmente organizada e estabilizada na sociedade ultratecnológica. Suas poucas preocupações se resumem ao trabalho, ao relacionamento apaixonado com a namorada Sílvia, biogeneticista, e à amizade antiga e franca com Jânio, professor de História Moderna e especialista na Teoria do Condão. No entanto sua vida dará uma enorme guinada quando, involuntariamente, presencia o assassinato de 2 jovens por drones responsáveis pela segurança pública. Não era para estar lá. Em uma fuga alucinada, onde sua vida mantém-se permanentemente em risco, Ed arrasta Jan e Sílvia em uma busca incessante pela explicação dos assassinatos através de diversas regiões do Brasil. O trio descobre que esta verdade envolve vários fatos obscuros que levaram a sociedade ao atual nível de desenvolvimento, uma revelação