- Eu sinto muito. Sinto pelo que fiz. - era verdade , realmente era , ou talvez ele só estivesse tentando me enganar de novo. Mas, mesmo que fosse verdade não poderia perdoar ele, nem se quisesse, foi desumano o que ele fez, como ele fez, e pior com quem ele fez , não havia perdão. - Sunshine... - suplicou se aproximando, tentou tocar meus cotovelos, ergui os antebraços para cima, espremi meus lábios e neguei com a cabeça. - Aquilo que você viu , não era eu. - tentou justificar-se, eu soltei uma risada escarnecida.
- Hah, ah não? Parecia você, falava como você, andava como você. - inclinei meu corpo na direção dele. - Transava como você. - o sussurro foi afiado e certeiro, ele arregalou os olhos e deixou a boca semi aberta.
-Me perdoa, eu sinto muito, eu faço qualquer coisa, não me abandone, por favor, você não. - Se ajoelhou em minha frente, os olhos semi arregalados, lágrimas começavam a temer decer, ah que visão, que visão. Aquilo, aquela sensação de formigamento nas minhas veias, um reboliço bom no estômago e eu podia jurar quase sentir o gosto do desespero dele. Emite um estalo com a língua, levei minha mão até o rosto dele, até seu perfeito queixo. Juntei as sobrancelhas e sorri de lado.
- Pegue a suas desculpas fajutas e enfiei bem fundo no seu rabo. - Xinguei soltando o queixo dele. - Que você apodreça no inferno. - Proferi me virando.