"Para todos, ele era astro; mas para mim, ele era quase um Deus".
Poucas coisas no mundo eram capazes de fascinar a doce e quieta Alyssa Miller tanto quanto Oliver Kurt Jones.
O famoso e brilhante quarterback da escola possuía, além de uma beleza estonteante, carisma e habilidades que justificavam o seu posto como o venerado e estimado rei que era.
Ele era perfeito - ou quase isso, pelo menos.
E Alyssa sabia que jamais o teria.
Mas isso não a impediu de amá-lo em silêncio desde a primeira vez em que o viu.
Sabendo que seus sentimentos nunca seriam levados a sério, ela se absteve de fazer qualquer outra coisa além de observá-lo de longe, ciente de que sua fantasia jamais se tornaria realidade, uma vez que alguém como ele jamais olharia para alguém como ela.
E ela estava certa - em partes.
De uma maneira totalmente abrupta, o mundo de Alyssa vira de ponta a cabeça quando ela descobre que o coração de Oliver jamais seria seu, porque, na realidade, já pertencia a outra pessoa: sua irmã mais velha, Kate.
Diante disso, ela é forçada aceitar a dura realidade, sofrendo em silêncio pelo relacionamento entre Kate e o rapaz de seus sonhos.
E nem mesmo isso foi capaz de fazer com que ela deixasse de amá-lo.
Alyssa sabia o quanto era errado, mas, ainda assim, era impossível deixar de querê-lo, seus sentimentos permanecendo ali, imutáveis, ainda que ela tentasse detê-los.
E é quando, de repente, algo inesperado acontece.
Pegando-a totalmente desprevenida, o relacionamento aparentemente perfeito de sua irmã e Oliver chega abruptamente ao fim, sendo marcado pela partida precoce do último à universidade.
Alyssa pensou que a dor de perdê-lo fosse maior do que qualquer outra coisa, até que, anos depois, Oliver volta, trazendo consigo todos os sentimentos que ela tentou inutilmente deixar para trás.
Ainda seria errado.
Assim como proibido.
Contudo, assim como antes, permaneceria arrebatador.
Daxton Wenthworth é um problema.
Aos 21 anos, ele conquistou um currículo de causar inveja em qualquer aspirante à bad boy: uma reprovação, muitas tatuagens, um humor ácido e insensível, o questionável hábito de fumar e uma leve tendência ao alcoolismo. O exemplo exato do que não ser.
Adelaide Prescott é uma menina de ouro.
De personalidade tranquila e um estilo doce, a garota é um amor. Estudiosa, dedicada e atenciosa, ela divide seus dias entre terminar o último ano do colégio e ser voluntária no orfanato da cidade, vendo, nas crianças, sua chance de fazer do mundo um lugar melhor.
Quando Daxton se vê obrigado a passar um tempo sob o teto dos Prescott, ele é, de antemão, alertado por sua mãe de que Adelaide está totalmente fora do seu alcance. Ela é o fruto proibido. Se envolver com ela seria um item a mais na lista de desgostos que o bad boy causou à mãe ao longo dos anos, e, de todos os seus desejos atuais, aumentá-la não é um deles.
Cumprir a ordem não seria algo impossível, pelo menos ele pensou que não. Com tantas garotas no mundo, Adelaide poderia muito bem passar despercebida, ainda mais com o seu jeitinho de menina inocente. Para Daxton, seria fácil ignorá-la.
Porém, conforme os dias avançam e a convivência obrigatória aproxima dois seres tão opostos entre si, ele começa a sentir os sutis efeitos que advêm de uma proibição: a curiosidade do desconhecido.
Entre farpas, órfãos carinhosos, um ex-namorado insistente e a culpa pesando como chumbo em sua consciência, Daxton vê sua sanidade escoar pelo ralo quando percebe que, na verdade, Adelaide Prescott é um sublime convite à transgressão.
Travando uma luta interna entre manter-se longe do seu pesadelo ruivo ou se deixar levar pela sua doçura magnética, ele começa a questionar sua capacidade de obedecer à sua mãe e não se apaixonar pela intrigante garota que conseguiu o que muitas não conseguiram: mexer com seu coração frio e inacessível.