Medo, arrepios, náuseas, ódio ou até mesmo risos. Um bom conto de terror causa sensações e sentimentos diversos no leitor. Uma história trabalhada na medida certa sempre mexe com as pessoas. Para o bem ou para o mal. Quantas vezes, ao lermos uma narrativa, não nos pegamos com os olhos cheios de lágrimas? Ou ao acabarmos uma cena mais pesada, não sentimos um mal-estar estranho, incômodo, que nos deixa com o peito apertado e a respiração ofegante... Quantas vezes não olhamos ressabiados para os lados, trancamos as janelas e acendemos todas as luzes da casa depois de vivenciar a jornada de algum personagem macabro? Muitos se ajoelham e oram, com fervor imenso, pedindo para afastar o mal. Implorando para ele desaparecer. Um mal inexistente, somente literário, o que é mais incrível. Ou talvez não. Demoramos a dormir, assustados com sombras e sons, com o vento assoviando lá fora. Ah, confesse: mesmo depois de adulto você já sentiu esses medos! E essa é a magia da literatura! É fazer o leitor parte da história, cada um com suas interpretações, reações e experiências. É abrir portas para mundos, universos e essências novos que vão se construindo a cada parágrafo, a cada capítulo. Um conto é como um organismo vivo, que depende da habilidade de quem o escreveu e da percepção de quem o lê. E ele nunca vai ser igual: leia-o mais de uma vez e sempre verá novos ângulos e perspectivas. E, no caso específico desse livro, a grande missão é fazer o leitor se deliciar e temer as Noites Sombrias. Eduardo Kasse - autor da Série Tempos de Sangue.
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