Tudo começa na imaginação. Tudo que existe hoje ao nosso redor um dia foi mera ideia, sonho, um projeto distante. Alguns duvidavam, outros zombavam, mas foram aqueles que persistiram mesmo debaixo de vaias ou da descrença de sua sociedade contemporânea que tornaram possível viver no mundo em que vivemos atualmente.
Mas de onde é que as ideias surgem? Por que é que certas coisas simplesmente brotam em nossa mente? E por que é que algumas desaparecem com a mesma velocidade em que chegaram? Será que existe alguma espécie de oráculo do cosmo responsável pelo envio das ideias à humanidade? Ou então um buraco negro no universo onde acontece o acumulo de ideias desprezadas? Ou será que as ideias que deixamos passar vão parar na mente de outra pessoa para que seja possível concretizá-las e torná-las reais?
São tantos questionamentos sem respostas! Mesmo assim, é indiscutível o fato de que ideias surgem o tempo todo, nós é que falhamos e muitas vezes deixamos com que elas caiam no esquecimento ou no fundo de uma gaveta qualquer, menosprezando nossa própria capacidade cognitiva de formular, criar e compartilhar com o mundo algo que surgiu primeiramente dentro de nós. Aliás: Por que é que muitos ignoram essa dádiva?
Portanto, para não acabar sendo alvo de alguma espécie de vendeta do universo em represália ao descaso com o qual tratamos o conglomerado de ideias soltas que borbulham dentro de nós diariamente, achei por bem reunir alguns desses devaneios provenientes de uma divertida-mente e transformá-los em um único mundo de pontas soltas e desconexas entre si. Destarte, é com muita alegria e satisfação que apresento-lhes meu segundo livro de crônicas, poemas e contos: SUBMUDO DAS IDEIAS PERDIDAS.