-Você pode confessar, por favor?- Gwen perguntou, mas eu não entendia em qual ponto ela queria chegar.
-Eu não tenho nada para confessar...
-Mentirosa.- Ela retrucou, magoada.- Você gosta ou não de mim, Angeline?- Ela foi direta e eu corei igual um tomate.- Não adianta fugir...
-Até porque essa maldita porta não abre.- Tentei quebrar o clima já que estávamos presa no armário. Gwen revirou os olhos.- Não gosto.- Respondi retornando à pergunta. Com uma certa raiva, Gwen agarrou meu braço e me empurrou para a parede.
-É a última vez que eu vou perguntar, e depois disso pode me esquecer.- Ameaçou chegando seu rosto próximo ao meu, seus olhos azuis me pediam o que ela queria escutar e não tinha como mentir, não mais.
-E-eu...-Ela sabia como me encurralar, como me deixar nervosa, o cheiro dela, nada ajudava, nenhuma fuga. Mas eu não conseguia dizer.
A mão que ainda segurava meu braço deslizou para o meu ombro, mudou para a ponta dos dedos e os passou em meu pescoço me fazendo arrepiar. Seus dedos chegaram entre meu queixo e pescoço e os segurou com delicadeza.
Era agora?
Ela olhava para minha boca...
Ia acontecer.
Ia finalmente acontecer.
-Me diz...-Ela sussurrou e então encostou a ponta de seu nariz no meu. Ela estava perto, muito perto. Gwen passou um de seus dedos em minha boca... ia rolar. Eu prendi a respiração.
E então, ela encostou seus lábios nos meus e o mundo parou.
Angeline Osborn carrega a dor de ter sido abandonada pelo seu pai Norman Osborn, e pelo luto da morte de sua mãe.
Com a morte de seu pai, Angeline se muda para Nova York com seus irmãos mais novos para ajudar seu irmão mais velho, Harry, a continuar o legado do pai. Contudo, coisas estranhas passam a acontecer, Harry raramente é visto, se torna agressivo e juntamente com isso, uma nova amiga, Gwendolyn Stacy, chega para despertar sentimentos que nunca foram percebidos por Angeline.