Sempre o reparei, desde o ensino fundamental, ele era meu sonho em forma de gente, talvez fosse a maneira como ele mordia os lábios ao sorrir, ou o jeito que ele piscava toda vez que ficava nervoso, adorava observar seus olhos cheios de possessividade, isso é tão errado, mas fazia meu coração quase pular, tudo, absolutamente tudo nele fazia meu corpo acender, e o fato dele não demonstrar sequer algum resquício de interesse por mim, me deixava frustrada e ao mesmo tempo me dava a certeza que eu estava completamente apaixonada pelo arrogante e egocêntrico João Guilherme Ávila, eu não queria, juro que me martirizava todos os dias por isso, mas foi inevitável.