Contos da Névoa - Diário do Viajante Cinzento

- "... E então, o nascer da luz dourada no horizonte marca o começo de um novo ciclo para nós, enquanto a luz de prata trás consigo o fim."

A dona da humilde biblioteca fecha o livro que descansava em seu colo após ler sua última frase para um grupo de crianças, que olhavam para a idosa com sorrisos empolgados, que logo se tornavam expressões tristes pela história ter chego ao fim. A velha senhora ri alto e dá um leve tapa em seu joelho:

- Algum dos jovens conhecia algo dessa história? - Após a pergunta, todas as crianças levantavam as mãos, fazendo a idosa rir novamente - Eu já imaginava. A história de nosso mundinho é muito comentada, afinal, Os 13 Deuses nunca foram esquecidos por seus contos e lendas.

Os jovens olhavam confusos para a velha, e uma garotinha levanta a mão, a duvida estampada em seu rosto

- 13? Mas são apenas 12! Hikaryo, Sizigys, Vanchel... - Ela faz menção de continuar, mas a bibliotecária a interrompe

- Sim, é assim que o mundo os lembra, mas havia sim uma décima terceira divindade, mas esse era um pouco diferente. - Assim que a velha começa a falar, as crianças começam a se empolgar novamente - Esse é um ser sem nome, mas todos nós o conhecemos, todos vocês devem ter medo dele, posso apostar que sim, afinal, neste mundo todos o temem, nós apenas sabemos o nome que nós demos a ele.

- E qual é esse nome vovó?! - Dois garotos mais atrás do grupo perguntavam em uníssono

A velha abria um sorriso animado com a pergunta.

- Fomos nós, mortais, que lhe demos tal nome, o décimo terceiro deus: A Morte.