Paralelas

Não podia fingir que ficaria tudo bem e que os acontecimentos dos últimos meses seriam enterrados e não afetariam em mais nada. Não era ingênua a esse ponto. Sabia que qualquer teoria, ideia ou possibilidade que criasse estava fadado ao fracasso. Isso não podia continuar.

Porém, bastou abrir os olhos e vislumbrar seu cabelo avermelhado, balançando com a leve brisa do vento para deixar qualquer fração de racionalidade de lado.

Nenhum argumento sobressaia à imagem de Riley Stevenson parada na minha frente, com seu olhar penetrante e seu cheiro de amêndoas com peônias, dominando meus sentidos em um vislumbre do como o paraíso seria.

Isso não deveria acontecer, mas estava. E eu não tinha a menor intenção de parar.