Olá meu caro, seja bem-vindo
Ao correio do que nunca foi dito,
Aqui entregamos aquilo que nunca fora expressado.
As cartas encontradas por cá,
Contem verdades que não ousaram ser proclamadas,
Ou frases que possivelmente nunca foram explicadas,
Nunca se sabe o que se pode achar.
"E os destinatários?"
você me pergunta...
Todos aqueles que a vida de um bardo um dia cruzaram,
Todos aqueles com que o autor não se permitiu ser muito claro.
Então, se aproxime, meu estimado,
Há novas cartas para serem entregues,
Inclusive, algumas acabaram de chegar,
Cheque sua correspondência,
Talvez encontre algo que irá lhe agradar,
Ou quem sabe um consolo?
Talvez algo para que possa perdoar?
Grandes mistérios são estes em versos,
Cada envelope com um dono incerto,
Como saber qual é a seu?
Ora, É simples meu caro,
Leia aquele que mais lhe convidar
E os versos deste manifesto,
Talvez possam lhe contar.
Fique a vontade, meu anjo,
Pois ponha-se a procurar,
A casa é sua,
Sinta-se livre para bisbilhotar,
Todavia, se me permite, o dever me chama,
Tenho novas cartas a buscar,
Muitos lugares para ir, muitos assuntos a tratar,
Mas volta e meia eu apareço,
Há de saber que este humilde carteiro
Sempre retornará,
Trazendo em mãos, ou talvez em palavras,
Algo novo para lhe dedicar.