Depois de quase dois anos vivendo em uma pandemia insuportável, sem poder dar continuidade às fofocas na calçada, às festas da igreja e aos encontros nas lanchonetes, a cidade de Três Rios pode enfim respirar aliviada e comemorar as festas de fim de ano, com encontros regados à saudade, felicidade e esperança.
Entretanto, as coisas no mundo lá fora não parecem estar indo bem. Três Rios, na sua particularidade de cidade pequena, vive como se o vírus maligno já tivesse acabado, as máscaras sido expurgadas para uma realidade esquecida e a vida se normalizado totalmente.
Quando o mundo volta a mostrar o quanto é cruel, as perversidades de uma, até então, simpática cidade pequena começam a aparecer. Ante acontecimentos misteriosos e impressionantes, as ruas de Três Rios vão acabar se tornando um cenário perverso para uma sangrenta e suja guerra civil.
Contudo, um dia, no pó das estrelas, lá em cima, em Marte, em Mercúrio e em todas as constelações, alguém conseguiu encontrar a felicidade e escapar da dura realidade do mundo.
No terceiro ano da grande pandemia, um sujeito da cidade grande decide deixar tudo para trás e passa a viver em uma pequena cidade de praia que ele descobre na internet, onde os números da doença são mínimos. Chegando lá, encontra um local utópico. Não existem contas de luz e água, a prefeitura provém cestas com alimentos orgânicos para a população e tudo na cidade funciona perfeitamente. Seus moradores entendem a importância de não expor nas redes sociais a benesse do lugar, o que torna o local invisível aos olhos de um mundo assolado por um vírus que ainda não tem cura. No decorrer dos meses, a curiosidade do protagonista sobre os motivos da cidade ser assim começam a instigar ele a iniciar uma investigação. O que será que está por trás de tanta perfeição?