De todos os 12 espíritos que me guiaram até aqui, o mais silencioso e resoluto deles sem dúvida é o grande Ferreiro da Terra das Sombras. Decidido, silencioso e forte, tão forte quanto suas batidas eram nos lingotes de aço, conhecedor das dores e da dificuldade de moldar o metal, até que este finalmente se dobre e se molde a grandes temperaturas, a grandes dificuldades, cresça e se expanda, seja afiado, polido e sirva a quem o empunhar. Uma arma fará apenas o que o punho que o comanda ordenar, ela por si só não conseguirá salvar ninguém, também não destruirá nenhum mal, não será usada, nem para o bem e nem para o mal e um ferreiro não deve se perturbar quanto ao uso de suas criações, porém o que aconteceria caso este ferreiro percebesse os sentimentos imbuídos naquele metal? E se as suas armas pudessem ser combinadas com a alma de seus portadores? E se um dos vilões decidisse ir contra as linhas que foram escritas para ele? Talvez a resposta não seja tão simples, mas será contada ao longo dos próximos capítulos.
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