Em uma sociedade onde cada membro possui um dom, independente do quão insignificante seja seu papel nela, a população é separada em dois grupos: heróis e vilões. Os heróis descendem do povo fundador da cidade, que saíram vitoriosos na guerra por aquela terra contra o povo inimigo, cujos descendentes hoje são categorizados como vilões. E ainda que um tratado de paz tenha sido selado após a construção da cidade, e que seus líderes tenham unido os dois povos em um só, esse confronto traz consigo cicatrizes até os dias atuais. Num período de vinte anos, dois tributos de ambas facções são colocados numa disputa pelo poder da cidade, chamada de Coliseu. O lado vencedor irá viver triunfante durante o mandato de seu líder, enquanto o perdedor dependerá de sua misericórdia. Faltando dois anos para o Coliseu, os heróis estão certos de que, após cinco mandatos seguidos, o gene inferior dos vilões nunca irá conseguir ser páreo para seus tributos. Mas, eles estão em ano de seleção. E todo jovem que tenha ou venha a completar vinte anos tem o direito de escolher por qual lado irá lutar. A taxa de transferidos é baixa, o orgulho dos vilões é passado de geração a geração e nenhum herói se arriscaria a sair das graças do povo dominante.
No entanto, essa é a vez de Sakura Haruno escolher. Sendo adotada pela sua única mulher do clã Senju quando ainda era um bebê, ela pertence a uma linhagem importante, composta por ex-tributos e tributos que lideraram e lideram a cidade até os dias atuais. Sendo uma mera curandeira beta, com um lugar abaixo do aceitável no ranking da academia, Sakura é destinada a viver uma vida simples e sem destaque, levando consigo pesados olhares de pena e decepção. No entanto, há muito tempo, ainda na era dos antigos, um filósofo chamado Sartre acreditava que o homem estava destinado unicamente a ser livre e ter poder das suas escolhas. E que nem mesmo um sistema opressor consegue abafar o instinto liberto do