Todo mundo tem uma história pra contar. Não importa a cor da pele, a crença, o time de futebol ou a preferência na hora de escolher se o arroz vai para o prato primeiro que o feijão (ou vice-versa). A Rosiclér, mãe das gêmeas Carla e Camila tinha como grande história de sua vida o verão de 1983. Numa animada excursão farofeira para Itanhaém, Rosi ganhou o maior trauma de sua vida e, desde então, alimenta um grande sonho: aprender a boiar. Também movido por um sonho, o mineiro Adolfo, que sofria de doença de Chagas, descobriu que seu coração crescente tinha espaço para todas as mulheres de Copacabana. Deixou a timidez de lado, gastou todo o seu salário em rosas colombianas e passou a entregá-las para todas as moças que cruzavam seu caminho. Ele era pura paixão. Já Gisele, a ruiva que nunca precisou de papel crepom vermelho, sofria muito com as paixões. Tinha o dedo podre e só entrava em furadas e confusões. Gente como a gente, que compõem "Contos Primários de um Mundo Ordinário", uma coletânea de 23 textos que devem te fazer rir, chorar e, talvez, se identificar com os personagens, maravilhosamente humanos e falíveis. Como tudo nessa vida.
"Cabelo da Cinderela
De Velar vai na favela
Dona da própria matéria
É doutora dos viela
Criminal, eu incrimino ela"
De um lado Dalila, Juíza que lutou muito para chegar onde queria e com muito esforço conquistou tudo que sempre almejou na vida.
Do outro lado Ícaro vulgo Mesquita, bandido e sanguinário, sempre pensou em vingança antes de qualquer coisa na vida, não mede esforços pra mostrar o quanto é frio e calculista.
Lados opostos, destinos traçados, será que o amor é capaz de tudo?!