Dilemas de uma Morte
  • Reads 68
  • Votes 8
  • Parts 4
  • Reads 68
  • Votes 8
  • Parts 4
Ongoing, First published Nov 30, 2021
Era em uma conturbada madrugada de outubro que os primeiros sons inumanos fizeram-se ouvir naquele canto da rua, onde habitavam duas senhoras gêmeas, já não mais tão idênticas quanto sempre foram. Naquela noite tempestuosa, a vizinhança inteira pôde escutar barulhos lancinantes de gritos transmitindo ódio e dor, como se um órgão estivesse sendo arrancado à força do corpo de alguém completamente consciente, causando arrepios de medo a quem notasse. 

        Porém, ninguém podia esperar que os acontecimentos assustadores daquela madrugada começasse a se repetir noite após noite. Os gritos já não eram tão monstruosos e metálicos como os daquele dia, eram totalmente humanos e sofridos, como se houvesse uma tortura física brutal em algum lugar ali.

        E, entre gritos dolorosos de uma senhora presa à sua própria maldição, barulhos de correntes sendo puxadas de forma desesperada e miados monstruosos de gatos possuídos pelo mal, a vizinhança jamais fora a mesma.
All Rights Reserved
Sign up to add Dilemas de uma Morte to your library and receive updates
or
#402gatos
Content Guidelines
You may also like
You may also like
Slide 1 of 10
Aconteceu naquela noite | Larissa Bueno cover
𝐍𝐎 𝐆𝐋𝐎𝐑𝐘 • Tomarry cover
𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18  cover
Vendida ao dono do morro cover
Gêmeos e Sombras  cover
Padre Cameron - Renda-se ao Pecado... cover
Princesinha Do Tráfico • Morro | cover
A VINGANÇA DE DOM  cover
I WOULD DIE FOR YOU  | All of us are dead- fanfic Lee Su-Hyeok ×OC cover
𝙏𝙬𝙤 𝙬𝙤𝙧𝙡𝙙𝙨  (𝓐𝓾𝓻𝓸𝓻𝓪 𝓧 𝓙𝓪𝓼𝓹𝓮𝓻 𝓗𝓪𝓵𝓮) cover

Aconteceu naquela noite | Larissa Bueno

36 parts Complete

#VENCEDORTHEWATTYS2022 | O corpo. As palavras soam como um estalo na minha mente. Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...) Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança. Mas não há. Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar. Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.