Apertei o elevador para ir direto para o andar debaixo, eu precisa correr, sair dali. Meu peito queimava, gritava as lágrimas que eu havia segurado estavam começando a descer dos meus olhos. O elevador demorou tempo demais naquele segundo, eu corri pelas escadas gritando por ar. Quando finalmente cheguei até a porta eu caí no choro preso na minha garganta. Sinto uma mão quente puxando meu braço e me empurrando pra dentro de seu casaco. Ele surrava palavras que eu não conseguia entender por conta do soluço. Respirei aquele cheiro que entrava por dentro dos meus sentidos, foi aí que eu entendi. Eu estava perdida, eu estava perdida.