O INÍCIO DA DANÇA

À medida que as luzes da boate se apagavam, uma figura se erguia no centro da pista, como se emergisse das sombras, sem deixar vestígios de sua presença anterior. Seus pés moviam-se com a graça de uma criatura de outro mundo, cada passo uma promessa, cada gesto uma chave que se encaixava nas portas de um mistério que ninguém ousava explorar.
Seus olhos, encobertos pela penumbra e pelo brilho intenso das luzes, refletiam segredos de um passado que nunca poderia ser revelado, como se sua alma estivesse marcada por algo mais antigo do que o próprio tempo.
E assim, enquanto a música tomava conta do ar, se entrelaçando com o som dos próprios pensamentos, ela dançava. Mas ninguém sabia que, ao cair da última batida, a verdadeira dança ainda estava por começar.