Púrpura
Acordei de uma ótima noite de sono
Sentei na cama como se o meu corpo fosse uma pena
Girei os tornozelos suspensos, meus pés pareciam m a s s a g e a d o s
Observei a palma das minhas mãos: brilhavam como neon branco
Estava vivo?
Flutuei até a janela da sala e abri a cortina,
o Sol emanava a cor p ú r p u r a
Minhas pálpebras piscaram duas vezes, habituando-se a intensa luminosidade
Que horas eram?
Tudo era púrpura,
As folhas, antes verdes, das arvores,
Os carros antigos,
As crianças que brincavam de amarelinha,
Os adultos passeando com seus cachorros...
Ninguém notava o fervor da cor
Acima, a garoa de verão coloria o céu púrpura misturando-se
aos raios de sol que banhavam a face dos misteriosos espíritos que serpenteavam a matéria humana
De súbito, meu corpo saltou para fora da casa,
voou passando pelos fios dos postes e pelos planos fotossintéticos do calor matutino
Emergi sentido a órbita terrestre
Pairando de braços abertos,
Engolindo os pequenos e refrescantes flocos de gelo
(saciando a minha sede)
Enquanto meus dedos tocavam as frias nuvens, pensei:
Púrpura é a cor mais vibrante.
£££
"Left Unseen"
In a room full of a thousand voices, have you ever felt like your silence screams the loudest? Being ignored isn't just an experience; it's a wound that whispers fears of invisibility. Left Unseen is a poetic journey through the raw emotions of being overlooked, forgotten, and invisible. It unravels the suffocating weight of unspoken words and the quiet pain of existing in shadows.
Each poem resonates with those who have felt unseen-whether in crowded rooms or intimate spaces. This collection explores the fragility of connection, the ache of loneliness, and the courage it takes to reclaim your voice.
Relatable. Honest. Haunting.
For those who've felt ignored, Left Unseen offers the solace of being understood.
#1 poetry