A vida tirou-me o meu abrigo O local onde podia encontrar paz Retirou o meu sono enternecido E trocou-o por um pesadelo voraz A vida agarrou nos meus medos E atirou-os pela noite dentro Transformou-os nestes pesadelos Que não me saem do pensamento O desejo era enorme De manter os olhos fechados Não consigo, não me conformo Ao vê-los tão cansados Questiono-me como ousaram tirar-me tudo de valioso Já nem um vestígio de tranquilidade Nem um vislumbre de serenidade Apenas um sentimento odioso Ódio, raiva, frustração Por me roubarem o que tinha até então Lágrimas incessantes Escorrem na minha face em meros instantes Anseio pelo descanso Que ninguém me pode oferecer Anseio que pare o pranto Que sempre começa ao adormecer Peço que devolvam o meu abrigo Para que possa ter alguma coisa novamente Para que tenha a paz outra vez comigo Para não continuar a viver neste tormentoAll Rights Reserved