ela dizia "voe pelos mares, você é um pássaro livre sem ponto de parada, bata suas asas até coração chorar de felicidade pela sensação que você vai ter". mas eu tinha medo, queria acreditar naquelas palavras como se fosse a última coisa que eu acreditaria em toda a minha vida, eu não me via livre naquela imensidão azul com pompoms brancos, eu me via preso diante dos meus próprios sentimentos, como se fosse uma jaula sem abertura que me permitisse apenas sonhar o indesejável. daquela forma o que me cabia era apenas devolver toda aquela sensação que ela me passava, não sei dizer como, mas era como se eu fosse o espelho de tudo de mais lindo que habitava naqueles olhos castanhos brilhantes e sorridentes quando me via. havia vida, havia amor e havia eu.