Eu sempre fui uma criança calada, não sociável, digamos assim.
As crianças eram cruéis, verdadeiros monstrinhos, aliás quem brincaria com a baleia?, ou rolha de poço como a maioria costumava me chamar.
Bom deles eu não esperava absolutamente nada,mas ele apareceu,de um jeito engraçado, trazendo com sigo toda a alegria e amizade que eu tanto precisava.
" _ Ei! Parado aí! Mãos ao alto mero humano.
Foi o que o garotinho de olhos redondos e dentes de Coelho gritou para mim, e eu obedeci é claro, confuso, mas sim.
Nenhuma criança costumava conversar comigo, muito menos uma que apontava uma narf carregadinha em minha direção, poxa eu me desesperei.
E se ele puxar o gatilho?
Será que vai doer?
Bom ele deve ter gostado da minha cara de desespero porque desatou a rir,e eu ri junto, foi a risada mais linda e contagiante que eu já havia ouvido.
É até hoje."
Após vários dias em coma, Malu acorda em uma cama de hospital, sem lembrar nada sobre seu passado. Sua única companhia - além de colegas de quarto estranhas e enfermeiras rabugentas - é um médico bastante empenhado em ajudá-la a recuperar a memória, mas tudo muda quando ela recebe uma visita inusitada de uma pessoa que alega ter as respostas que ela precisa. Em quem ela deve confiar?