kazino.

Tarde da noite.

Você demora horas pra responder.

Demoro minutos.

Tudo parece rodar, peço mais algumas garrafas. Ao redor, qualquer coisa me parece engraçada, exceto você.

Garotas vadias como eu podem andar pelas ruas, dançar em estranhos, rir com conhecidos de momento. Me sinto nervosa apenas com você.

Me faça sentir a vontade, me diga isso, talvez aquilo seja melhor.

Me faça rodar e rodar, entorpecer no seu corpo, enlouquecer dentro de um quarto, rir das entrelinhas.

Sair com desconhecidos.

Voltar pela manhã.

Coisas que uma esquisita como eu deve fazer, coisas das quais tenho experiência em fazer e as faço como ninguém.

Sim, gatinho. Eu sou suja, é por isso que você nunca vai me querer?

Não sou eu quem te faz rir, nem querer pedir outras rodadas e, com certeza, praticamos jeitos diferentes de dançar.

É como uma roleta, girando a cabeça dos enlouquecidos, enganando os sãos, dinheiro passando de mão em mão assim como eu faço.

Uma hora a arma terá que atirar, saia da minha mira.

Não seja alvo, desapareça no meu corpo. Eu poderia te esconder e sabes disso.

Mas você prefere morrer por outras mãos.