Algumas situações nos moldam de uma maneira diferente, que podem ou não acarretar mudanças tantos boas quanto más. Ser constantemente comparada é uma delas, ouvir que você precisa ser igual ou agir como a outra pessoa é outra. Por isso tentei mudar e mudei, tanto fisicamente como emocionalmente.
Criei uma armadura, me blindando de futuras magoas, de sofrer por não ser igual à minha gêmea. Cansei de ser usada por pessoas que queriam ser próxima a minha irmã, só que nunca quis ser como ela! Eu queria que gostassem por mim, por ser a Alicia, e isso magoou quem mais amava, minha outra metade. Afastei-me não por não ama-la ou inveja-la, pois bastava um gesto que me comparavam a ela e isso causou um estrago sem tamanho na minha confiança e na minha relação com ela.
Então o conheci... o homem que abalou o mundo que eu construi para me blindar. Minhas paredes foram sacudidas como se fossem feitas de palha e estava tudo bem, até que um mal-entendido fez com que eu o odiasse e me odiasse no caminho. O que ele despertou em mim me fez desejar coisas, me fez querer ser igual a ela e isso era algo com o que lutei anos contra.
Um mal-entendido me fez adotar uma nova personalidade ou será que sempre fui assim e o medo da comparação nublou isso? Uma personalidade totalmente diferente da minha irmã e de qualquer outra mulher que eu conheça.
Afinal, qual dessas Alicias é a verdadeira? A princesinha, a esnobe, a inalcançável ou a vadia?
Paola.
Personalidade forte, instinto feroz e um olhar devastador. Dona de um belo sorriso e uma boa lábia. Forte, intocável e verdadeiramente sensata. Uma menina mulher.