A Queda

Ninguém esperava que um vírus pudesse acabar com tantas vidas em tão pouco tempo, muito menos reduzir grandes cidades ao nada. No lugar de roncos de motores, as ruas foram tomadas por grunhidos e sangue, diversos corpos espalhados em todos os lugares, as casas antes ocupadas por seus habitantes agora estavam vazias, abandonas e solitárias, não havia mais conversas nas ruas, tampouco brigas entre vizinhos, nem crianças berrando por atenção, não se ouvia mais risos de alegria, eram apenas choros e gritos de medo, de agonia e de profunda tristeza. Não havia nada que desse vida ao lugar.
Os poucos sobreviventes depois da Queda se juntaram em pequenos conglomerados, tribos, grupos, gangues, facções, alguns se ajudavam para poder ter o mínimo e sobreviver não só dos mortos vivos mas também dos próprios sobreviventes.
Se antes a convivência era difícil, depois de todo o caos ficou ainda pior, haviam grupos acolhedores, abertos a qualquer um que os encontrasse, mas também haviam os grupos que massacravam e roubavam o pouco que os outros tinham, levando muitas vezes a conflitos que acabavam em mais mordedores perambulando pelas ruas.
Haviam três principais grupos que dominavam o novo mundo: os Renegados, a Irmandade , e a Aliança, juntos os três formam uma rede complexa de pessoas que trabalham contra os mordedores e à favor da sobrevivência, outros grupos menores complementam essa nova cidade. Mas como nem tudo são flores, há riscos e tensões, nada é garantido, o poder é transitório, a única moeda de troca são as palavras, mas até que ponto alguém pode se apegar tanto a poucas palavras e esperar que nada aconteça?
Em meio a intrigas, mordedores e conflitos internos e externos, os sobreviventes lutam por mais um dia.