Sobre os Fenômenos Parapsicológicos:
Mediunidade propriamente falando não existe. Médium seria uma pessoa cujo corpo serviria de meio pelo qual o espírito do morto quer se comunicar. Na verdade, é o espírito do chamado médium, isto é, certas faculdades espirituais (fenômenos paranormais), como também certas faculdades sensoriais (fenômenos extranormais), todas inconscientes, que se manifestam.
O chamado transe não é mais do que uma obnubilação das faculdades conscientes e uma exaltação e manifestação de faculdades inconscientes.
E é perigoso desenvolver essa exaltação e manifestação de faculdades parapsicológicas. Trata-se de faculdades inconscientes. Se as desenvolvermos (pode-se até aumentar a frequência dos fenômenos, mas nunca terá controle), o inconsciente pode "tomar lugar" do consciente, perdendo a autodeterminação consciente. Daí ao manicômio, é um passo.
Sendo faculdades inconscientes, não as reconhecemos como próprias quando se manifestam. Daí a necessidade psicológica de atribuir essas manifestações a algo ou a alguém: achamos que são resultados de possessão de demônios, incorporações de espíritos, ou efeito de um "trabalho". Isto provoca uma cisão da personalidade, o que os psiquiatras chamam de dupla ou múltipla personalidade, locura. E conduzem à megalomania: achamos que somos Napoleão ou um Exu, orixá, etc, etc, etc.
As manifestações parapsicológicas do inconsciente forçam os nervos, esgotam...
As manifestações parapsicológicas não devem ser fomentadas ou "desenvolvidas", mas curadas. Uma ou outra vez, todos podemos ter alguma telepatia, por exemplo; mas, se são frequentes, merecem cuidados.