Ao fundo consigo ouvir uma sinfonia de piano,aterrorizante mas enquietante ao mesmo tempo,
respiro fundo e tendo distinguir onde e como fui parar em tal lugar,onde a penumbra recai sobre mim,agora um pouco de compreensão me atingiu não consigo ver nada além de um completo escuro e vazio.
além do piano que toca ao fundo que acabo de reconhecer ser,uma das minhas músicas preferidaa je te Lasserai des mots by,o piano continua a soar pelos meus tímpanos,e meu coração bate descompassado assim como,as mãos furiosas que martelam as teclas rítmicas e melodiosas do piano,invisível pois não consigo ver piano algum,muito menos alguém para tocá-lo.
Me debato girando e procurando algo pelo espaço vazio,a névoa que eu nem avia notado ter em tal penumbra,se torna mais e mas espessa a cada movimento que dou ao redor,sufoco um grito quando a névoa distorce e se transforma.Em olhos castanhos escuros quase pretos com pequenos pontos dourados fascinantes,pasam a me observam com uma malícia mal contida que me assutam e me observam.
Noto um brilho de diversão enquanto os olhos penetrantes me avaliam e veem o medo na minha expressão facial e na tenção muscular do meu corpo,travo a mandíbula e sinto escorrer suor pela minha testa mas me mantenho firme encarando o par de olhos,até que a atmosfera muda o par de olhos que a pouco me observava na escuridão some,e a escuridão começar a se mover e a se comprimir contra mim de tal modo onde não consigo me mover nem mesmo respirar.
Acordo sobressaltada,sugando o ar avidamente que agora a pouco estava me sendo tirado,e assim me dou conta que tudo não se passou de um sonho.Apesar de aterrorizante e estar coberta de suor ,de alguém ao qual eu tanto abomino.
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.