Fazia muitos anos que eu não recitava A Dança, a ponto de sua existência já me parecer desconhecida. Ontem, pela manhã, quando o oko me encontrou nos aposentos do castelo do Soveram para me pedir que cantasse alguma canção ou recitasse algum poema mais sombrio para os jovens hiperativos da corte, eu só lembrava de alguns poucos, tão contados que já tinham perdido toda a sombra. Ao encontrar A Dança, eu tive receio de que fosse obra de outra pessoa - o manuscrito, tão surrado que eu tive que reinventar algumas partes, que me deu confiança de tratar-se de uma poesia escrita por mim mesmo em minha juventude, alguns séculos atrás.All Rights Reserved
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