"Você se culpa?" era a pergunta que aquele médico idiota sempre fazia, por mais que recusasse responder. Estamos no jardim do edifício, com um pouco de chá nas canecas abandonadas, os pássaros cantam ao longe e a brisa fresca faz com que alguns cabelos loiros caiam para os meus olhos. Não respondo, não vou responder, não quero responder, isso não é algo que ele tenha de saber. Não é hoje e nunca será que vou falar sobre aquilo, sobre o acidente , como eles gostam de o chamar. "Então Andrew... Você se culpa?"