" Passei bastante tempo nas estradas olhando em volta. Eu procurava algum traço dela, qualquer coisa. O tom de pele, a cor dos cabelos, a risada alta e contagiante. Qualquer coisa mesmo.
Mas até a esperança pode acabar.
Então eu comecei a andar pelas estradas procurando um despenhadeiro. Qualquer lugar alto o suficiente onde eu pudesse me jogar sem causar traumas aos olhos de quem encontrasse o meu corpo desmembrado.
Pensei muito em ir até os Alpes que contornam a cidade onde vivo e deixar que a neve me soterrasse de uma vez.
Considerei fortemente a morte e parei de procurá-la nas estradas.
E foi aí, exatamente quando virei as costas para a vida, que ela cruzou o meu caminho novamente.
Mas, espere, não é ela. Nunca mais será. Aquela que eu amei não existe.
Agora há apenas duas possibilidades: lutar para não cair do precipício ou avançar na direção da estranha que se projeta na minha frente e buscar dentro de seus olhos vazios a minha alma gêmea.
Mesmo que ambas as opções possam dar no mesmo caminho: a morte por amor. "
SEQUÊNCIA DE" EL AMOR CAMBIA DE PIEL "
PLÁGIO É CRIME. LIVRO REGISTRADO.