O cortejo era naquele dia, a última vez em que iria ver a pessoa que me marcou desde a minha primeira semana na praxe, ou pelo menos o dia em que iria terminar a regularidade com que estávamos habituados a ver-nos, julgava eu.
Ele estava no terceiro ano de psicologia, eu no primeiro do mesmo curso, foi para ele que me ajoelhei no dia do apadrinhamento e não houve um instante em que me arrependesse dessa decisão.
Eu apaixonei-me pelo meu padrinho e sem saber que ele havia deixado três cadeiras para terminar no ano seguinte, sobre o efeito do álcool e o clima de despedida correspondente ao dia do cortejo académico pós queima das fitas, beijei o Miguel, declarei-me e segundos mais tarde quando atordoados, ofegantes e meio perdidos separamos os nossos lábios, as suas palavras foram exatamente estas:
"Sabes que ainda tenho disciplinas para acabar no próximo ano, não é Iara?"
(Ou pelo menos é deste modo que me recordo, não estava muito sóbria)
O meu segundo ano começa hoje, que raios é suposto fazer?
No século 20 não precisava de muito para você ser considerado fora dos padrões e automaticamente ser visto como uma pessoa com algum problema mental. A instituição mental de Howard foi fundada pelo monsenhor Timothy Howard para ser algo revolucionário, era capaz de abrigar todo tipo de paciente, desde de criminosos insanos, a pessoas viciadas, tinha vários médicos extremamente capazes, e várias freiras que acompanhavam e tratavam os pacientes debilitados mentalmente, e quem saia, sempre saia "curado".
Mas bem, podemos exemplificar para somente um lugar onde eram deixadas pessoas "indesejáveis".
- Exatamente, Madhouse é um dos nomes que denominam as instituições cujo objetivo é abrigar, recolher ou dar algum tipo de assistência aos "loucos".
- E indesejáveis.
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Essa história NÃO é de minha autoria. Todos os créditos à autora original: @arcoirisjauregui.
Início: 20 Nov.
Termino: 22 Dez.