Dr. Hannibal Lecter é um homem que domina duas artes com precisão cirúrgica: a da cura e a do corte. Psiquiatra renomado, amante da música, da pintura, da carne e do silêncio - ele veste o mundo com elegância enquanto o devora por dentro.
Há anos, vive assim: sob controle.
Até ela chegar.
Lilith Usher não implora por ajuda. Ela observa, silencia, provoca. Carrega consigo uma presença que parece antiga, algo entre o trágico e o inevitável. Suspeita de um crime brutal, ela se torna sua paciente. Mas desde o primeiro instante, é claro: aquilo não é uma sessão. É um ritual.
Há algo nela que escapa às palavras.
Algo que ele não consegue conter.
E que talvez nem queira.
O que se constrói entre os dois não é um romance.
É uma espiral - um pacto de carne, mente e sombra.
Enquanto o mundo tenta controlar Lilith com diagnósticos e paredes brancas, Hannibal a observa se desfazer por dentro. E deseja cada parte. Cada fraqueza, cada resistência, cada ferida aberta que ela tenta esconder.
Mas ela também o vê.
E o que ela vê - o que ela toca - pode ser o começo do fim.
Nesta história, amor é fome.
Cuidado é dominação.
E redenção, se existir, custará tudo.