Petricor é sangue e pedra. Significa o aroma que a chuva provoca ao cair em solo seco. É o que chamamos de ''cheiro de chuva'' e que, uma vez sentido, no próximo instante ele já se esvaiu. A solidão se parece com isso. Vai e volta, lhe abraça e lhe deixa sem pudor.
Petricor, além disso, é uma coletânea de 9 contos que se entrelaçam em uma mesma narrativa e em um mesmo ambiente. Cada capítulo dessa história conta com uma protagonista diferente, que vive na corda bamba das hipocrisias da sociedade, dos amores proibidos e constantemente ao lado da solidão, tema central dessa ficção. Assim como as pessoas que conhecemos, todas possuem seus segredos, suas maneiras de sentir e de mentir. Petricor tem a melancolia de um passeio silencioso no campo e prova que a solidão é um bom lugar para visitar, mas ruim de se adotar como lar.
Inspirada nas músicas Eleanor Rigby, da banda The Beatles, e Petricor, do pianista Ludovico Einaudi.