O filho do rei mago

E se o Asta fosse o filho do rei mago?

No alto da torre mais isolada do reino, nasceu Asta. Ele não chorou, como se soubesse que o som seria inútil diante do vento que uivava e da neve que enterrava tudo em silêncio. Sua mãe, a heroína de lendas sussurradas, morreu antes de segurá-lo nos braços. Seu pai, o Rei Mago, segurou-o com mãos trêmulas, não de medo, mas de amor esmagador - e de culpa.

Aquele garoto não era apenas um filho. Ele era a herança de dois mundos que jamais poderiam se tocar: o poder absoluto de um homem que controlava o tempo e a mortalidade cruel de uma mulher que ousara desafiar o impossível.

Preso naquela torre, cercado por paredes tão frias quanto o inverno que o trouxe ao mundo, o garoto cresceu. Pequeno, frágil, doente. Uma sombra de sua mãe. Uma ferida aberta no coração de seu pai.

Mas correntes, mesmo douradas, ainda são correntes. E um dia, o garoto olhou para o mundo além das janelas fechadas e decidiu que não seria prisioneiro. Não do castelo. Não de seu pai. Não de seu destino.

Ele fugiu.

O que um filho pode se tornar quando carrega o peso de um reino e o silêncio de um pai?

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Eu escrevo para me divertir, espero estar a altura.

BOA LEITURA 🫶🫶🫶