"Se le passaban las noches de claro en claro", havia lido tal frase em algum livro, já não me recordo ao certo de sua origem, mas agora entendo seu sentido.
Todas as noitas passo em claro, acordado, vidrado e petrificado, vendo as letras saltarem pela tela do celular tão brilhante, ofuscando meus olhos na penumbra.
Uma risada seca sai de meus lábios ao ler as palavras: "não seja idiota, claro que não estou com saudade. Só tenho insônia com frequência, você sabe, Eustass-ya".
Suas insônias tinham nome e sobrenome, um endereço muito bem definido e, evidentemente, uma sequência numérica ao qual poderia ligar ou mandar mensagens como essa.
O conheço e não é de hoje.
Mais uma madrugada chega e a passo em claro junto a ele, mesmo que separados por uma distância de alguns bons quilometros.
Entendia muito bem de suas insônias, pois, assim como Trafalgar Law, também as tinha. As minhas eram irônicas, uma língua afiada com uma frase ácida pronta para ecoar, um corpo menor que o meu e uma irritante mania de usar "ya" após meu nome.
ESSA OBRA É UM DARK ROMANCE!
Em meio ao caos da minha nova vida, descobri que o diabo não se resume ao estereótipo clássico de um homenzinho vermelho com chifres e rabo, mas sim habitava em um corpo real. Um indivíduo de cabelos pretos, pele clara, corpo robusto e atraente, olhos azuis e um passado que me intriga.
Na noite do casamento da minha mãe, deparei-me com ele, uma presença intrigante vestindo uma máscara adornada com chifres. Estava destinada a cruzar seu caminho, mas não contava com tantos traumas deixados por ele em mim. Fui embora após uma tentativa de assassinato, e retornei mais forte. Tornando-me uma agente policial da Interpol, sedenta pelo sangue de um psicopata implacável chamado Kastiel Kaltain. Andei entre uma linha tênue entre o céu e o inferno com ele, e quer saber? O inferno não é tão ruim como dizem ser...