Este breve artigo inicia abordando a velha disputa extremamente elitista entre o Sul e o Nordeste do país; aqueles, considerados "europeus" e, portanto, "superiores" (superioridade sulista brasileira); estes, são considerados como cidadãos de "segunda categoria", atribuindo-lhes estereótipos pejorativos como "preguiçosos", "vivem do Estado" etc. Seguindo, analisa-se o porquê de o tradicionalismo gaúcho ser uma fábula reacionária e conservadora que vai de encontra aos direitos humanos de qualquer espécie, pela intolerância, preconceito e discriminação não apenas das populações minoritárias, como também as majoritárias (pessoas pobres são maioria em nosso país). Dando sequência, observa-se através de um olhar mais amplo do cenário nacional e global, o retrocesso do retorno do neoliberalismo no neofascismo aqui representado pelo bolsonarismo, tudo isto dentro de um sistema mais amplo, ao qual me refiro como "necrocapitalismo", por matar deliberadamente (ou isentar-se de fazer algo para evitar e encontrar soluções) as pessoas menos favorecidas em todos os continentes, sempre atrelado ao imperialismo persistente dos Estados Unidos em seus diversos âmbitos de atuação (cultural, econômico, militar, hegemonia no sistema internacional, principal financiador das instituições internacionais, quer políticas quer financeiras e assim por diante).
"Faz uma loucura por mim
Fala que ninguém te pega igual o teu nego
Coloco tanta grife no teu corpo
Sou tão carinhoso e tão longe de apego
(...)
Faz uma loucura por mim
Assiste o jogo do meu time mesmo sem cê torcer por ele
Divulga nosso lance em tudo
Tatua a porra da minha inicial na sua pele"
Nem todo mundo está disposto a amar no mundo de hoje, nem todo mundo está disposto a abrir mão da sua própria história pra viver a história de outra pessoa. Será que no final, toda essa loucura de amor realmente vale a pena?