"Quando precisamos de ajuda procuramos um médico, quando uma alma precisar de uma segunda chance, eles terão a mim".
Por um longo tempo Vanessa ignorou suas habilidades, tentou silenciar as vozes dos mortos, contudo sua mediunidade era muito alta, e por azar ou necessidade, em um momento não conseguiu fugir de quem era. Uma série de crimes assolava sua cidade e a polícia não conseguia encontrar o suspeito, ou sequer relacionar os casos, porém quando se tem um contato direto com os espíritos que clamam por ajuda, eles podem contar suas histórias.
A jornada segue da infância cheia de indagações com uma família tradicionalista, até a vida adulta de Vanessa quando decide se entregar ao mundo do auxílio das almas, tanto na busca por justiça, quanto no sentido mais físico, trabalhando em um cemitério. Todavia, a trajetória não é somente sobre uma pessoa, é a história da cidade Esperança em seu ano eleitoral, é uma visão sobre a morte, mas não de uma maneira ruim, é o simples fato do tempo que será alcançado, e sobre as pendências que ficam para trás e necessitam de resoluções.
Uma trama repleta de suspense, drama, romance, e até uma pitada de inspiração em fatos e vivências do tempo que trabalhei no cemitério. Muito em breve mais informações do livro Onde os Sonhos Morrem.
História completa na Amazon por apenas R$9,99.
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.