Old Dragon: Contos do Jigoku-Hen

"Jigokurenbanashi".

Esse é um tomo dito como amaldiçoado por muitos, sagrados por outros. Qualquer que seja sua definição, é um fato que ele é fonte de mistérios e teorias das mais fantasiosas. Em sua jornada pela ilha de Edoizu, o escrivão Imamura Haru anotou todas as criaturas que viu e todos os contos que ouviu. Crente que elas vinham do que ele apelidava como "Jigoku", ou Inferno, em uma tradução livre, ele finalizou seus escritos para deixa-los em sua posteridade. Hoje, na segunda era de Edoizu, a Era Hotoke, seus textos foram atualizados para a nova leitura, ficando assim como os Contos do Jigoku-Hen.

Querendo ou não, rumores sobre os Contos do Jigoku-Hen ainda se espalham pelas províncias de Edoizu. Uma das mais recentes envolve a pequena vila de Jomon, na região mais ao leste da ilha, a agitada Kitochi. Dizem os boatos que mesmo durante o outono as plantações secaram e a fome se alastrou pelo povoado.

Rapidamente a cidade foi abandonada e a lenda se espalhou pela região, chegando até o daimiô de Kitochi, que decidiu enviar um grupo de exploração para o local.

Aquele grupo não foi mais visto desde então.

Ocupado com o grande espetáculo a deusa Akazashi, o Festival das Danças em Brasa, que comemora a criação do cosmos em si e a realização dos desejos terrenos, o daimiô não podia se dar ao luxo de estragar a festividade com uma lenda urbana rondando solta.

Foi assim que o Ryusenshi que representa a província de Kitochi, o excêntrico e ousado Koda Murakami, recebeu a missão de resolver o problema em Jomon. Almejando uma companhia para investigar a grande área que é o local, Koda busca por alguns companheiros que, assim como ele, tenham o objetivo de resolver a situação da vila e, mais importante, voltar a tempo de estar no Festival das Danças em Brasa.